VEJA SÓ! Futebol Americano ganha espaço no Brasil e no Ceará

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Conheça a história e as curiosidades do esporte americano em solo nacional e aqui em Fortaleza

Antes mesmo de se tornar um dos esportes mais populares dos Estados Unidos e ganhar fama em diversos países do mundo, o futebol americano passou por muitas fases que culminaram com a consolidação atual, como um dos mais lucrativos para a indústria esportiva e publicitária norte-americana.
Como resultado deste sucesso, muitos países formaram equipes, ligas e federações para organizar e difundir a cultura do futebol americano. No Brasil, por exemplo, o esporte vem ganhando espaços e construindo um caminho próprio. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), a modalidade teve início no Brasil no começo dos anos 90, nas praias do Rio de Janeiro.
NÃO HÁ PAGAMENTO PARA OS JOGADORES DE FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL
A partir daí o futebol americano se espalhou por algumas regiões do País. A CBFA explica ainda que no Sul, o esporte teve o primeiro jogo equipado na década de 2000.
Segundo a Confederação, existem atualmente no País, filiados à CBFA, 150 times. Além disso, há ainda outras 60 equipes, entre masculinas e femininas, 60 times do flag football, modalidade em que no lugar de derrubar o jogador com a bola ao chão, o defensor deve retirar uma fita (flag) para parar um down.
Em campeonatos nacionais, são 30 times na Brasil Futebol Americano (BFA), 30 na Liga Nacional e 10 na Liga Nordeste. De acordo com a Confederação, mais as filiadas através das federações que não entram no nacional seriam em torno de 80 equipes. O número pode dobrar caso sejam contados os times que não são filiados.
Ainda segundo a CBFA, não existem jogadores profissionais no Brasil. "O esporte é amador. Ninguém recebe para jogar. Até tem alguns gringos que são 'contratados' por equipes, mas nada que considere ainda um nível profissional", informou a Confederação.

Campeonatos






CEARÁ CAÇADORES
Jogadores do time Ceará Caçadores treinam no Estádio Presidente Vargas (PV), em Fortaleza FOTO: SAULO ROBERTO
Existem três modalidades do esporte no Brasil: o futebol americano equipado (como a NFL), o futebol americano de praia e o flag football (modalidade sem contato, mais leve). Chancelados ou organizados pela CBFA existem quatro nacionalmente. No futebol americano (também chamado por tackle football ou full pads), tem a BFA (equivalente à antiga Superliga, ou seja, 1ª divisão do esporte), a Liga Nacional (2ª divisão) e o Torneio Endzone (Campeonato Brasileiro Feminino de futebol americano).
Além dos nacionais, tem os mais regionalizados, como Liga Nordeste e os campeonatos estaduais organizados por cada federação ou Estado.
De volta ao âmbito nacional, no flag football, tem o Circuito Nacional de Flag 5x5. E também alguns mais regionais, como Campeonato Paulista, Liga Nordeste e Liga Catarinense.
No futebol americano de praia há apenas o Campeonato Carioca.

Crescimento do esporte no Brasil

A prática do esporte vem crescendo bastante no País, apesar de atualmente, segundo a Confederação, estar passando por um momento de leve estagnação e algumas mudanças. "Hoje em dia a maioria das equipes, principalmente masculinas, já tem uma boa estrutura, conta com reforços, "contrata" jogadores de outras equipes ou de fora do País. Mas ainda falta muito para que o esporte se aproxime dos esportes olímpicos ou do futebol profissional", informa a CBFA.





A bola do futebol americano é oval para girar em torno de seu eixo quando lançada ao ar FOTO: SAULO ROBERTO
"A Confederação, assim como as equipes, está fazendo o máximo para fazer o esporte evoluir e se organizar e profissionalizar cada vez mais. Mas não é uma tarefa fácil, com certeza. E bem ou mal, a CBFA ainda é uma confederação bebê. O futebol americano é um dos esportes mais novos (se não o mais novo) do Brasil. A Confederação, mais nova ainda. Então, ainda há um longo caminho a percorrer".
De volta ao âmbito nacional, no flag football, tem o Circuito Nacional de Flag 5x5. E também alguns mais regionais, como Campeonato Paulista, Liga Nordeste e Liga Catarinense.
De acordo com a CBFA, "ainda faltam empresas que acreditam que o esporte tem potencial, que seria uma boa patrocinar a equipe da cidade ou uma equipe boa e, inclusive, TVs que queiram fazer transmissões dos jogos. Apesar de teoricamente demorado para a TV, é um jogo com bastante apelo de público e que poderia ser bem explorado pela publicidade, como fazem nos EUA".

Público cresce

Segundo informações da Confederação Brasileira, nos últimos anos foram registrados recordes de público em estádios olímpicos. Dados apontam que a grande maioria dos jogos consegue um público estimado entre 2 a 5 mil torcedores.
"É perceptível que os locais onde o futebol (soccer) está menos presente são justamente aqueles que conseguem atrair melhor o público torcedor da cidade", informou a Confederação.
"Algumas equipes do Sul ou do Interior têm o hábito de viajar com um ou dois ônibus de torcida, assim como acontece no futebol. Com a verba das entradas, as equipes pagam o aluguel do estádio", acrescenta.

Conheça as regras do futebol americano








A UNIÃO FAZ A FORÇA

Fundada em 10 de dezembro de 2013, o Ceará Caçadores foi resultado da união de dois times do Estado. Segundo Gilmar Santos Silva, jogador mais antigo do time e membro da diretoria, os rivais Ceará Cangaceiros, criado em 2002, e o Dragões do Mar de Fortaleza, fundado em 2007, se uniram com o objetivo de tornar o time mais competitivo nacionalmente.
Gilmar, que estava presente na criação do Caçadores, gosta do esporte desde criança. “Eu já gostava quando jogava videogame, mas o primeiro jogo que eu assisti foi em 1993, o Super Bowl e gostei mais ainda”. Ele lembra que soube da existência de times no Estado em 2005, enquanto assistia a um jogo na TV, quando um comentarista mandou um abraço para o Ceará Cangaceiros. “Eu fui no Orkut e mandei uma mensagem que o pessoal demorou uns três meses para me responder”. Gilmar recorda que depois que foi ao primeiro treino nunca mais saiu do esporte. “Estou lá até hoje”.
Atualmente jogando como cornerback, Gilmar pontua que nunca foi atleta, mas que sempre praticou esportes. “Principalmente futebol de campo, mas também joguei vôlei e basquete”. Ele explica que o Cangaceiros foi o primeiro time do Norte/Nordeste, mas que não tinha grandes objetivos. “A gente praticava porque gostava mesmo”. De acordo com ele, hoje é bem mais fácil em comparação ao que antes. “Antigamente a gente treinava sem equipamento, então muita gente achava arriscado e tinha medo de se machucar”. O cornerback afirma que a prática do esporte atualmente é bem mais segura.

Desenvolvimento

Gilmar explica que hoje o Ceará Caçadores tem duas equipes, o time principal e o time de desenvolvimento. “No início do ano a gente fez uma seletiva e separou o pessoal em dois níveis. Quem mostrou um pouco mais de habilidade foi direto para o time principal e os outros a gente está treinando no time de desenvolvimento”. Segundo ele, o objetivo é levar esses novos atletas para o time principal em 2018 ou 2019. “São pessoas que vimos potencial para trabalhar”.
Os treinos das equipes acontecem no mesmo local. O time principal treina à tarde e o de desenvolvimento pela manhã. “Eles ainda não participam do campeonato, mas são os jovens do futuro”. O cornerback revela que no início eles treinavam sem equipamento, numa modalidade chamada flag, em que não acontece contato. “Eles vão aprender a parte técnica e a parte prática do esporte e à medida que progredirem, vão para o time principal”. Como para participar do campeonato é necessário ter 18 anos, Gilmar esclarece que muitos jogadores do time de desenvolvimento têm entre 16 e 17 anos. “Esse é o nosso trabalho com a juventude”.
NÃO É UM ESPORTE DE FORÇA NÃO, NEM SEMPRE QUEM TEM MAIS FORÇA É O QUE GANHA. TEM MUITA ESTRATÉGIA ENVOLVIDA
GILMAR SANTOS SILVA, CORNERBACK DO CEARÁ CAÇADORES
“Desde que a gente veio para o PV (Estádio Presidente Vargas), a receptividade do público tem sido bem melhor, o pessoal participa”. Gilmar revela que os comentaristas dos jogos são ex-atletas, que aproveitam para explicar para o público as regras e as jogadas. “À medida que o pessoal entende, eles vão gostando cada vez mais e voltam para assistir aos jogos”. Ele explica que o feedback tem sido forte, principalmente pelas postagens em redes sociais, onde cada vez mais o público tem interagido.
Apesar do apoio do público nem tudo são flores. Gilmar, que além de cornerback e membro da diretoria do time também é supervisor de operações da Ecofor, explica que muita coisa ainda é paga do bolso dos atletas.
“Quando a gente vai jogar, normalmente pagamos todas as taxas, o aluguel do estádio e o pessoal que vai trabalhar no jogo. Pelas regras do campeonato é obrigado ter ambulância, a gente paga também”.
Segundo ele, o mesmo acontece nas viagens. “Quando tem aluguel de ônibus todo mundo se junta e cada um dá um pouquinho para poder bancar”. Ele revela que o que tem aliviado um pouco as despesas são os produtos com a marca do time, que têm produzido uma renda extra.

OS ATLETAS






Quando começou a jogar futebol americano aos 14 anos de idade, Romário Reis, 23 anos, atualmente quarterback do time Ceará Caçadores, já sabia o que queria: lançar a bola. Considerado 'gordinho' pelos colegas e 'baixinho' para os padrões do esporte, Romário deu início a uma longa jornada que o levaria a passar por todas as posições do futebol americano. "Ninguém me levava a sério e nem me deixava lançar a bola. Foi aí que com o passar do tempo eu dei uma esticada", conta.
Logo no começo, nem a mãe e nem os amigos, gostaram da ideia de ser jogador de um esporte considerado 'violento'. "Louco", era o que diziam. Mas o que não sabiam é que o futebol americano tornou Romário um dos jogadores mais importantes da equipe.
Na seletiva para o Ceará Caçadores, em 2014, Romário se preparou para se tornar quarterback. "Eu jogava em outro time e fiquei sabendo da seletiva do Ceará Caçadores. Quando eu vim fazer o teste aqui, meu objetivo era ser o quarterback. Me preparei para isso e desde a fundação eu sou o quarterback", explica.
Mas nem por isso as dificuldades acabariam. Romário afirma que já usou as chuteiras como bola. Equipamentos: não tinha. Também não havia local adequado para a prática do esporte. Hoje, segundo ele, é mais fácil.
"As maiores dificuldades sempre vão ser a falta de apoio, a falta de coisas básicas. Hoje já é mais fácil. Já temos equipamentos e campo para treinar".
De acordo com ele, a viagem para as competições nunca está garantida. "Muitas vezes a gente tem que pagar as viagens. Nós sempre damos um jeito para conseguir viajar. Este ano tivemos problemas com o ônibus, por exemplo".
Sem salário, atualmente, Romário dedica 100% do tempo livre para o futebol americano. Ele quer voltar para a faculdade de Administração no próximo ano. Diz que tem a veia administrativa para os negócios, herança de família. Mas também planeja voar mais alto e jogar fora do Brasil. "Até 2019 eu quero jogar a Copa do Mundo", diz.





Pressão de ataque e agilidade são duas características similares de uma cozinha e do campo de futebol americano. Para Silvio Lopes, chef de cozinha e jogador do time de desenvolvimento do Ceará Caçadores, os dois ambientes têm muito em comum.
"São dois ambientes de muito 'frisson'. Além disso a gente trabalha com as mãos. Mas o futebol americano, para mim, é uma válvula de escape", completa o paraense que vive em Fortaleza há dois anos e meio.




Silvio Lopes é chef de cozinha e 'Caçador' do futebol americano nas horas vagas. FOTOS: ARQUIVO PESSOAL / SAULO ROBERTO
Novo no esporte, ele conta que entrou para o time de desenvolvimento no início deste ano. "Fiz a seletiva que o time abriu e fui aprovado. A partir daí eu comecei o processo de treinamento. Hoje eu estou na equipe de desenvolvimento almejando entrar para o time principal. A pessoa que não conhece o futebol americano e passa a conhecer se encanta muito. É um jogo interessante em termos de estratégia. É uma ação diferente", afirma Silvio.
O chef jogador também conta que no time de desenvolvimento ele não tem uma posição específica. "Existem algumas características de cada jogador em que a comissão técnica avalia. No meu caso, que sou um jogador de porte maior, mais pesado, digamos assim, sou deslocado para ser um jogador de defesa", explica.
Silvio planeja que até o próximo ano ele já esteja no time principal do Ceará Caçadores. "Estamos trabalhando para isso. Não vou deixar de me esforçar. Pelo contrário, o desafio é ainda maior representar essa equipe".





Dançar balé e praticar futebol americano podem ter algumas coisas em comum. Para o cornerback do Ceará Caçadores, Everson Lincoln, 22 anos, competitividade e força nas pernas são características das duas atividades. "Eu sempre dancei. Passei pelo hip hop, balé. Quando eu tinha 13 anos comecei a jogar futebol americano. Dei um tempo porque o balé já estava muito profissional", acrescenta.
Treinar os saltos da dança ajudou o jogador a se firmar. "O balé me ajudou muito na questão do time. Treinava muito a força na perna, o salto", explica.




Everson Lincoln já foi bailarino por muitos anos e atualmente é cornerback do Ceará Caçadores. FOTOS: ARQUIVO PESSOAL / SAULO ROBERTO
Teve de parar o balé para se dedicar ao esporte. "O futebol americano está na veia. Mesmo que eu pare de jogar eu vou continuar acompanhando".
Everson conta ainda que se interessou pelo futebol pela diversidade de posições e pela questão da estratégia. "A gente tem que estudar muito e aprender coisas novas".
O jogador afirma também que começou a treinar no Fortaleza Carcará, depois no Fortaleza Lions e por fim no Maracanaú Predadores. Foi então que fez a seletiva do Caçadores e entrou para o time principal. "O incentivo que eu dou é você abrir a cabeça para conhecer o futebol americano. Não é só pancada. Eu nunca me machuquei e nem machuquei ninguém. É totalmente estratégico. É um jogo que a gente se prepara muito".





Talon Roggasch é o único jogador norte-americano atualmente no Ceará Caçadores. O estrangeiro está no time há um ano e meio e começou a praticar o esporte quando tinha cinco anos na modalidade flag, sem contato físico. Quando fez 12 anos, ele lembra que conseguiu o próprio equipamento. “Aí eu mudei para o jogo de verdade”. Nascido em Silverthorne, no Estado norte-americano do Colorado, ele conta que criou um perfil em um site onde jogadores de futebol americano se cadastram para jogar fora do seu país. Roggasch revela que queria ir pra Europa, mas quando recebeu a ligação dos cearenses não pensou duas vezes. “Ligaram para mim perguntando se eu queria jogar aqui e eu aceitei na hora”.
"EU JOGO DE GRAÇA AQUI, EU QUERO SÓ AJUDAR E ENSINAR TODO MUNDO COMO JOGAR DIREITO E TAMBÉM A CULTURA DO FUTEBOL AMERICANO
TALON ROGGASCH, JOGADOR NORTE-AMERICANO DO CEARÁ CAÇADORES
Talon não recebe salário. O acordo que fez com o time abrange apenas acomodação e alimentação. “Eu jogo de graça aqui, eu quero só ajudar e ensinar todo mundo como jogar direito e também a cultura do futebol americano”. O atleta, que joga como wide receiver, conta que dá aulas de inglês para cobrir outras despesas no Brasil, mas que quando volta aos EUA trabalha em um resort na cidade natal. “Sou garçom por três meses na temporada de neve, no fim do ano”. Ele explica que começa às 10 da manhã e só vai para casa à meia noite. “Trabalha muito, mas ganha muito também”.
Sobre a saudade de casa, o americano diz sentir todo dia. “Minha mãe tem muito orgulho que eu estou fora do país, viajando o mundo e fazendo o que eu amo, jogando e ajudando pessoas a aprender mais sobre o futebol americano”. Apesar de gostar do Brasil, Talon revela que adora a neve e que tem muita dificuldade com o calor. “Com zero grau eu tiro a blusa, para mim é calor. Já -5º ou -10º é uma temperatura normal”. Ele explica que a transição do clima frio para o quente foi mais difícil do que a barreira da língua. “Quando eu volto dos EUA, eu sempre fico desidratado nas duas, três primeiras semanas”.
Ele conta que a recepção foi muito boa. “Quando eu cheguei, eu já senti que fazia parte de uma nova família e eu gosto disso nos brasileiros, todo mundo abraça e oferece ajuda”. Apesar de sentir falta da família, Talon revela que não tem vontade de ir embora. “Eu acho que estou viciado em morar no Brasil porque gosto da aventura, a vida é muito mais fácil nos EUA”.

DE BRINCADEIRA À COISA SÉRIA

“A gente começou no início de 2016 com um grupo de amigos que queriam “rachar”, praticar uma atividade física através do futebol americano”, explica Magnum Bezerra, 32, presidente do Fortaleza Tritões. Ele lembra que não esperava juntar tanta gente. “A gente foi chamando amigos, que chamaram outros amigos e a coisa foi tomando forma”. Magnum esclarece que decidiram se organizar melhor, mas a intenção inicial era criar um projeto de iniciação ao futebol americano. “As pessoas vinham, aprendiam o esporte e a partir daí buscavam outros times que já estão consolidados no Estado”.
Em nove meses veio a mudança. “A gente queria dar um novo passo, tomar outro rumo. Foi aí que decidimos nos tornar um time”. O presidente conta que está tomando todas as providências para serem reconhecidos o mais rápido possível pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA). “Nós estamos nos adaptando às atuais exigências da CBFA e esperançosos de que em 2018 já estejamos em alguma liga”.
Segundo Magnum, o futebol americano tem tomado uma proporção galopante no Brasil. “Há pouco mais de sete ou oito anos você não encontrava venda de equipamentos e não tinha um espaço para treinar, era tudo muito no improviso”. Ele pontua que o time tem a sorte de estar em um momento em que o futebol americano já encontra espaço, uma organização bem mais consolidada e agradece aos companheiros de esporte. “A gente fica muito feliz porque pegamos muita coisa já desenvolvida por outros times e isso é bom para o esporte como um todo”.

Público cresce

O presidente do time pondera que o esporte ainda abre a diversidade para outras pessoas, mas não apenas por ser mais uma possibilidade de atividade física. “O bacana do futebol americano é que tem espaço para todos, para o mais magro, que corre rápido e para o gordinho, que às vezes é excluído das atividades”. Ele explica que pessoas de qualquer biotipo podem jogar e faz um apelo. “A gente precisa muito de atletas acima dos 100 quilos”.
FORTALEZA TRITÕES
O time amador, que começou como um encontro entre amigos, está se organizando para ser reconhecido pela Confederação Brasileira de Futebol Americano
O FORTALEZA TRITÕES SE REÚNE ÀS TERÇAS E QUINTAS ÀS 19H NO ATERRO DA PRAIA DE IRACEMA E AOS SÁBADOS ÀS 18H NO CAMPO DO ASAS, NA CIDADE DOS FUNCIONÁRIOS
“Para participar dos treinos basta ter 16 anos e um protetor bucal, que é o quesito mínimo de equipamento que a pessoa precisa ter para treinar conosco”, explica Magnum.
Jefferson Silva, que joga como Tight End do Ceará Caçadores, é o treinador da equipe. “A gente tem muita sorte do Jefferson ser o nosso técnico porque ele tem uma bagagem riquíssima, além de já ter sido convidado a participar de vários treinos da seleção brasileira de futebol americano”.
Sobre a dinâmica do jogo, Magnum explica que o futebol americano não é um esporte violento, e sim um esporte de contato. “Pode parecer que existem machucados, mas pelo contrário, raramente a gente se lesiona. Existem lesões, mas como em qualquer outro esporte”.
Fora do campo Magnum, que joga na posição running back, é inspetor de polícia e explica que acabou ficando na organização do time. “Hoje em dia eu me sinto muito mais presidente do Tritões do que policial, é uma coisa que me completa”.
Fonte: Diário do Nordeste



Cada equipe tem três times diferentes. O time de ataque, o time de defesa e os times especiais que só entram em campo em situações de chute. Cada time vai ter sempre 11 jogadores em campo.

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