OLHA AÍ! Ex-atacante do Vasco e Flamengo foi contratado por duas bolas e 12 pares de meiões; Cantarelly estreou profissionalmente com 14 anos no Campeonato Cearense, contra o Fortaleza. Atualmente é dono de bar no Cariri cearense

Ex-atacante do Vasco e Flamengo foi contratado por duas bolas e 12 pares de meiões


Cantarelly estreou profissionalmente com 14 anos no Campeonato Cearense, contra o Fortaleza. Atualmente é dono de bar no Cariri cearense
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Aos 14 anos, no estádio Presidente Vargas, um jovem atacante ousou em enfrentar o Fortaleza. O então jogador do Guarani de Juazeiro ficou marcado como o mais novo atleta profissional a ter entrado em campo no futebol cearense. Quase três décadas depois, Cantarellyvoltou para o Cariri, construiu uma família feliz e um modo especial de viver no Juazeiro cearense.
Longe dos campos profissionais desde 2007, o atualmente comerciante se acostumou a ‘bater racha’ várias vezes na semana, por vezes quase todos os sete dias. O time amador formatado ainda teve o incremento de ex-atletas de sucesso do Cariri. Ronaldo Angelim (campeão brasileiro pelo Flamengo), por exemplo, chegou para ser o zagueiro desse grupo.
Durante os finais de semana, o ex-atacante nascido no Paraná, mas criado em Juazeiro do Norte, dificilmente se acostumou a ter a oportunidade de frequentar o estádio Romeirão. O trabalho do três vezes campeão cearense passou a ser administrar o ‘Bar e Restaurante Cantarelly’.
“Eu tenho há 11 anos. Eu jogava bola ainda. Comecei com um bar, aí depois fui colocando umas comidas. Quando eu jogava só bola, comprei minha casa. O terreno era grande, aí coloquei o estabelecimento vizinho a minha casa. Um negócio simples, mas meu ganha pão”, identificou o ex-jogador aos 42 anos.
O movimento intenso se tornou tradicional nos dois últimos dias da semana. Nas sextas, o bar/restaurante passou a contar com música ao vivo. O empresário ‘Canta’ fidelizou uma boa margem clientes, com presença também dos ex-companheiros de gramado.
Trajetória 
Manoel Everaldo Bandeira do Nascimento brincou de ser goleiro quando mais jovem, por isso pintou o apelido: alcunha em referência ao goleiro do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980. Ainda na adolescência, iniciou a carreira no time amador do Treze, no Cariri. Cantarelly foi negociado com o Leão do Mercado rapidamente.
“Fui vendido para o Guarani (de Juazeiro) por duas bolas e 12 pares de meião. Eu tinha 13 anos. Comecei no profissional com 14 anos, contra o Fortaleza, na estreia do Arturzinho. Fui o melhor em campo”, comentou o agora comerciante.
Cantarelly (Foto: Arquivo pessoal)
Cantarelly vestiu a camisa do Fortaleza (Foto: Arquivo pessoal)
O caminho do então atacante foi organizado até o bairro Barra do Ceará. No Ferroviário, formou dupla de ataque com Jardel. Os dois se destacaram e foram vendidos ao Vasco da Gama. Mesmo com o pedido de Eurico Miranda para o baixinho ficar, Cantarelly não aceitou bem a opção de atuar apenas nos times de base. No Ferrão, o ex-atacante ficou acostumado a jogar profissionalmente, logo uma decisão clara de retorno para ser campeão em 1994.
Pai de um jovem de 19 anos, estudante de educação física, o atleta do passado ainda retornou para o futebol do Rio de Janeiro, mas não se destacou no Flamengo. A glória ficou mesmo para os gramados cearenses, com os troféus estaduais de 2000 e 2001. Cantarelly atuou na equipe dirigida por Ferdinando Teixeira, ao lado de Clodoaldo, Erandir, Chiquinho e do próprio Angelim.
“Época muito boa, muito, muito. Aquele elenco ali até hoje comentam sobre. Vai ser difícil alguém formar um elenco como aquele, ainda mais com gente daqui”, completou. O boleiro, antes de decidir parar com a ‘profissão da bola’, ainda rodou por Atlético-PB, Icasa, Guarani de Juazeiro novamente e Guarany de Sobral.
Fonte: Tribuna do Ceará Online















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