RIO 2016: Porque o Brasil não é uma potência olímpica

Brasil em jogos olímpicos. Por que os resultados do Brasil em Jogos Olímpicos não vêm

 

 

Entre a Londres-2012 e a Rio-2016, o Brasil ganhou investimentos focados em atletas de alto rendimento. Mas isso ainda não reflete nos resultados. O POVO discute os motivos

Doze de agosto de 2012. Com 17 medalhas, o Brasil chegou ao último dia da Olimpíada de Londres em 22º lugar no quadro de países. Na avaliação do desempenho dos atletas, o então superintendente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinícius Freire, admitiu que, para a Rio-2016, o País tinha de seguir o exemplo de outros — menores, inclusive — que se destacam por valorizar modalidades individuais.


Doze de agosto de 2016, sexta-feira última. Faltando nove dias para o encerramento da Olimpíada, o Brasil acumulava quatro medalhas. À frente do País, além dos tradicionais Estados Unidos e China, nações menores e mais pobres, como Tailândia e Cazaquistão.

Para não fazer feio nos jogos em casa, o Brasil até tentou, desde a Olimpíada de Londres, suprir o incentivo que faltava aos atletas de alto rendimento. Investiu em novos equipamentos para clubes, construiu e reformou centros de treinamento (vide o Centro de Formação Olímpica em Fortaleza, pronto, mas só parcialmente inaugurado, em dezembro de 2014), mas errou — porque de nada adianta valorizar às pressas o topo e ignorar a base.

Não dá para ser potência olímpica se não se cria um ambiente favorável ao surgimento e à formação de atletas. Por isso, democratizar o acesso e disseminar a cultura esportiva — em praças, clubes, ruas — é fundamental para a ampliação das possibilidades do País em momentos como uma Olimpíada. “O Brasil agora é que está acordando para os ciclos olímpicos. Veja o ‘boom’ que deu a ginástica, a quantidade de estádios que foram construídos”, exemplifica o diretor do Instituto de Educação Física e Esportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Antônio Barroso Lima. “É uma política que já melhorou muito, mas ainda é incipiente”, considera.

Investir na base
Para que o País venha a se tornar uma potência olímpica nos próximos anos é importante ainda associar a prática esportiva ao ensino escolar, como há anos fazem os Estados Unidos, por exemplo. “A cultura americana é puramente escola. Se os alunos se sobressaem em alguma modalidade, as universidades os convidam. Aqui, quando eles entram para a universidade, é a hora de parar, porque ou faz uma coisa ou faz outra”, censura Barroso.
SAIBA MAIS

Para a Olimpíada de Tóquio, prevista para ocorrer em 2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu no programa as modalidades surfe, skate, beisebol/softbol, escalada e karatê.

A Lei de Incentivo ao Esporte possibilita que empresas e pessoas físicas do Brasil invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos.

Fonte: O Povo Online

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