OLHA AÍ! “Só a extinção das organizadas resolverá a violência entre torcidas, a extinção das organizadas vai quebrar a arrecadação e, por consequência, o incentivo a atos ilícitos”, defende promotor de Justiça





“Só a extinção das organizadas resolverá a violência entre torcidas”, defende promotor

Para o promotor de Justiça Edvando França, a extinção das organizadas vai quebrar a arrecadação e, por consequência, o incentivo a atos ilícitos
Grupos foram proibidas de entrar com acessórios e blusas de torcidas organizadas (FOTO: Divulgação)
Grupos foram proibidos de entrar com acessórios e blusas de torcidas organizadas no estádio (FOTO: Divulgação)


Nos últimos anos, a violência no futebol, geralmente atribuída às torcidas organizadas, tem servido para grandes debates sobre a extinção desses grupos. Induzidos pela série de caos de vandalismos e com a intenção de evitar confrontos, como o do último Clássico-Rei, promotores de Justiça cearenses passaram a pedir o fim das uniformizadas para garantir tranquilidade em dias de jogos entre Ceará e Fortaleza no estádio Castelão.

Para o promotor de Justiça do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), Edvando França, a extinção das torcidas é a melhor alternativa para evitar confrontos. “Nós percebemos que essas torcidas estavam sendo protagonistas de cenas de selvageria. Existem várias maneiras de se combater isso, e uma delas é a sua extinção”, destaca o representante.

Segundo o promotor, as atitudes das torcidas organizadas não podem ser vistas como habituais e simplistas. Para ele, é preciso desestruturar essas organizações que pregam a violência, e não mais o amor pelo futebol.

“Essa extinção das organizadas iniciaria, a princípio, com a intenção de desestruturar essa organização. Eles vendem produtos e arrecadam dinheiro. Então, nosso objetivo é começar a desmontar essa estrutura pela parte financeira deles”, explicou Edvando.








Quando perguntado sobre uma possível realização de clássicos com torcida única, o promotor avalia que a atitude não resolve a situação. “Clássico com torcida única já foi discutido, mas as experiências que vemos fora do nosso estado não são muito boas. A violência continua mesmo assim. Com isso, a nossa atitude é a de não admitir que uma instituição que tenha CNPJ funcione para fins ilícitos”, conclui.

Na semana passada, o Nudtor conseguiu uma medida preliminar: a proibição da presença de torcedores com adereços de organizadas nos estádios, o que já diminuiria a arrecadação das facções. O pedido foi acatado pela juíza Antonia Dilce Rodrigues da 36ª Vara Cível, do Tribuna do Justiça do Ceará (TJ-CE).

Torcedor morto

Mesmo assim, no último domingo (13), o Clássico-Rei foi marcado por bastante violência fora do estádio. Antes do jogo, um torcedor, membro da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), foi morto durante um confronto entre torcidas. Jullian de Sousa Cavalcante, de 21 anos, foi baleado nas costas durante a confusão antes do Clássico-Rei, realizado no Castelão.

Irmão dele acusa que um policial militar foi responsável pelo tiro, fato negado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Além dele, pelo menos 10 torcedores foram atendidos por ferimentos em confrontos entre grupos de Ceará e Fortaleza. O Juizado do Torcedor registrou 13 ocorrências policiais, seis Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) e seis Boletins de Ocorrência também foram efetuados dentro da Arena Castelão.                                                                                                                                                                                  Fonte: Tribuna do Ceará Online 













        


Comentários