SE LIGUE! Crianças são proibidas de cabecear em treinos de futebol


Estudantes praticam cabeçadas durante treino de futebol em Bogotá, na Colômbia

Nos EUA, crianças são proibidas de cabecear em treinos de futebol

A Federação norte-americana de Futebol revelou nesta segunda-feira (09) um pacote de medidas para tentar tornar a prática do esporte mais segura. Porém, entre as recomendações, existe uma que tem chamado atenção: crianças até 13 anos não poderão cabecear bolas.
De acordo com a proposta, crianças abaixo de 10 anos não poderão cabecear bolas de futebol, enquanto crianças de 11 a 13 anos terão atividades de cabeceio reduzidas. As regulações irão valer para todas as seleções de base dos Estados Unidos, além de clubes filiados a Major League Soccer (MLS) e academias. Equipes que não estejam filiadas ao órgão não precisarão seguir as ordens, mas deverão considera-las como recomendações.
"Nós estamos estabelecendo e criando padrões de procedimento na intenção de evitar escândalos por potenciais traumas na cabeça", declarou George Chiapas, chefe do comitê médico da seleção norte-americana, em entrevista reproduzida pelo jornal The New York Times.
Atualmente, as regras estabelecidas pela Fifa permitem apenas três substituições em partidas oficiais, sem nenhum tipo de precedente para que atletas possam ser substituídos temporariamente enquanto um colega que sofreu um choque de cabeça possa ser examinado de maneira adequada. A atenção com possíveis concussões após choques aumentou após os problemas ocorridos durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Nos Estados Unidos, a questão começou a ser debatida em agosto de 2014, após uma comissão de parentes de atletas entrar com uma ação em uma Corte na California afirmando que os treinadores e clubes eram negligentes no cuidado com os jovens jogadores no que diz respeito a concussões. Em um levantamento anexado junto ao processo, estima-se que cerca de 50 mil jogadores de futebol universitários tiveram concussões em 2010, número superior aos registrados entre atletas de beisebol, basquete, softball e wrestling juntos.
Com a decisão anunciada nesta segunda-feira, o advogado responsável pela representação dos familiares, Steve Berman, aceitou a providência e disse que não reclamará da mudança.
"Com o desenvolvimento da iniciativa contra concussões em jovens feita pela Federação de Futebol e seus novos membros, nós sentimos que conseguimos atingir nossa primeira meta e, portanto, não vemos nenhuma necessidade em continuar com o litígio judicial", declarou Berman por meio de um comunicado oficial. 
Fonte: Uol Esporte


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