Presidente da FIFA renunciou. Um congresso extraordinário será convocado para que um novo presidente seja eleito. A decisão de Blatter foi anunciada na sede da entidade, em Zurique, na Suíça, e ocorre poucas horas depois de o jornal The New York Times acusar o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, de ter efetuado o pagamento de propina de 10 milhões dólares numa conta do ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, para garantir seu voto na escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.

Joseph Blatter anuncia renúncia à presidência da FIFA

São Paulo - O recém-reeleito presidente da FIFA, Joseph Blatter, que esteve no comando da entidade desde 1998, anunciou nesta terça-feira que deixará o cargo. Um congresso extraordinário será convocado para que um novo presidente seja eleito.

A decisão de Blatter foi anunciada na sede da entidade, em Zurique, na Suíça, e ocorre poucas horas depois de o jornal The New York Times acusar o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, de ter efetuado o pagamento de propina de 10 milhões dólares numa conta do ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, para garantir seu voto na escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.

A entidade nega as acusações e afirma que Valcke não está envolvido com o pagamento, que teria sido realizar para projetos de desenvolvimento do futebol no Caribe.

Na última quarta-feira, sete altos dirigentes da entidade foram presos a pedido de autoridades americanas por supostamente usufruírem durante 24 anos de um esquema mafioso de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro para o enriquecimento através do futebol.

Além do brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, os demais detidos são Jeffrey Webb, vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf, Eduardo Li, membro dos comitês executivos da Fifa e da Concacaf, Julio Rocha, diretor de desenvolvimento na Fifa, Costas Takkas, adjunto do gabinete do presidente da Concacaf, Eugenio Figueredo, atual vice-presidente da Fifa, e Rafael Esquivel, membro executivo da Conmebol.

De acordo com uma investigação conduzida pelo FBI, pelo menos duas gerações de dirigentes de futebol usaram de suas posições para solicitar subornos de empresas esportivas por trocas de direitos comerciais sobre torneios. Pelo menos US$150 milhões foram usados nas transações investigadas.

Além disso, a Promotoria da Suíça também apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação por suspeitas de lavagem de dinheiro relacionada à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Fonte: Exame Abril