10/04/2015 - 21h05
Procuradoria do TJDF-CE aciona STJD para derrubar efeito suspensivo favorável ao Fortaleza
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Aflaudísio Dantasaflaudisiodantas@opovo.com.br
FOTO: O POVO
A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Ceará (TJDF-CE) foi ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tentar derrubar o efeito suspensivo concedido pelo presidente do TJDF-CE, Jamilson Veras em favor do Fortaleza no dia 26 de março. A decisão é referente ao julgamento que culminou na exclusão do Tricolor do Campeonato Cearense.
O mandado foi protocolado na segunda-feira, 6, de acordo com o próprio STJD. Ocorre que não há data para qualquer decisão ser tomada por uma das comissões ou pelo plenário do tribunal. Sob a justificativa de que o caso em questão tem muitos anos de existência, remontando o ano de 2002, não há qualquer chance de analisar o mérito da questão sem ouvir o Fortaleza, réu do processo. “É prudente, antes de qualquer decisão, intimar o litisconsorte passivo necessário, Fortaleza Esporte Clube, para vir aos autos e comprovar qual a situação atual do referido processo”, afirmou a entidade através de nota.
Segundo o presidente do TJDF-CE e autor do despacho que concedeu o efeito suspensivo, Jamilson Veras, não há constrangimento no que diz respeito a ação da Procuradoria. Ele diz ainda que só se posicionará sobre o mérito da questão quando for solicitado pelo STJD. “Eu não estou sabendo do teor, mas sei que houve o mandado de garantia. Vamos aguardar a intimação para nos manifestar”, diz.
Para o especialista em direito desportivo Carlos Tolstói, não importa o desfecho da causa, ninguém sairá lucrando com esse embate jurídico. “Prejudica o ambiente e a programação dos clubes e pode prejudicar o Campeonato Cearense. Podemos desaguar numa situação esdrúxula e termos mais de um campeão, como já aconteceu em 1992 (quando quatro equipes foram declaradas campeãs estaduais)”.
SÓ RESTOU O SILÊNCIO
SÓ RESTOU O SILÊNCIO
O diretor jurídico do Fortaleza, Daniel de Paula Pessoa afirmou que o clube não foi notificado oficialmente. Somente após isso acontercer é que o Tricolor irá a público falar sobre o assunto. O procurador Max Delano Damasceno, autor do mandado de segurança, também foi procurado. Jamilson Veras disse, no entanto, que Delano proibiu que qualquer membro ou funcionário do tribunal de fornecer seus contatos, pois ele não teria interesse em comentar publicamente o assunto.
Fonte: Jornal O Povo
Fonte: Jornal O Povo
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