CEARENSE SÉRIE B 2015: Jogo do vice líder contra o vice lanterna nesta 4ª (8) terminou com confusão generalizada, teve até tiros

09/04/2015 13h15 - Atualizado em 09/04/2015 14h29

Tiros e agressão: Barbalha x Uniclinic termina com confusão generalizada

Jogo válido pela 8ª rodada da Série B cearense tem soco de jogador em árbitro
e disparo para dispersar tumulto. Arbitragem e polícia não se pronunciam

Por Fortaleza, CE
Uniclinic, Barbalha, Confusão, Inaldão, Cearense (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)Jogadores do Barbalha se envolvem em confusão com árbitros (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)
A partida entre Barbalha e Uniclinic terminou em confusão no Estádio Inaldão, na Região do Cariri, na noite desta quarta-feira (8). Um pênalti marcado nos acréscimos do segundo tempo exaltou ânimos e gerou briga entre atletas, polícia e arbitragem, agressões físicas e até tiro de arma de fogo para o alto. O jogo seguia empatado sem gols até os 47 minutos do segundo tempo, quando Eduardo Alencar, árbitro da partida, marcou um pênalti do goleiro Vitor Lagoa, do Barbalha, sobre o volante Albano, do Uniclinic. Os atletas da Raposa do Cariri não concordaram com a marcação e uma confusão envolvendo jogadores e arbitragem começou em campo. O lateral-esquerdo do Barbalha, Rodrigo, foi expulso por reclamação.

Após a cobrança da penalidade, convertida por Rafael, o jogo foi encerrado e o Uniclinic saiu vitorioso. O resultado garantiu à Águia da Precabura a vice-liderança da Série B cearense, enquanto o Barbalha permaneceu na lanterna do campeonato.

Porém, quem pensou que a bate-boca iria terminar com o fim da partida estava enganado. Os jogadores do Barbalha foram questionar o pênalti com o árbitro e começou um tumulto generalizado, que só foi dispersado quando um dos policiais militares responsáveis pela segurança do jogo atirou para cima.
Goleiro fala em humilhação
Em conversa ao GloboEsporte.com/ce, o goleiro Vitor Lagoa comentou o lance polêmico. Segundo ele, o Barbalha foi "humilhado por uma arbitragem sem critério". Vitor também disse que foi intimidado pelo árbitro no momento da cobrança do pênalti.

- Primeiro que o pênalti não existiu. A jogada era um lance sem perigo de gol. Segundo, que como eu era o último homem, ele deveria ter me expulsado e não fez isso. Quando questionei essas coisas, ele tentou me inibir e me falava, no momento da cobrança, que se eu defendesse o pênalti, mandaria repetir a jogada - garante o jogador.
Uniclinic, Barbalha, Confusão, Inaldão, Cearense (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)No meio da confusão, um dos policiais que faziam a segurança em campo disparou para cima para dispersar briga (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)
Sobre as agressões em campo, o goleiro conta que, quando tentou conversar com Eduardo Alencar, recebeu provocações e admitiu ter agredido fisicamente o árbitro.

- Eu o agredi fisicamente, admito, mas ele nos humilhou. Quando o questionei, no pênalti e no fim do jogo, ele respondeu que não tínhamos autonomia para reclamar de nada e tínhamos que ficar calados, pois não ganhávamos de ninguém. Perdi a cabeça e acabei dando um soco nele nesse momento - afirmou Vitor Lagoa.

O presidente do Barbalha, Gilson Alves, também lamentou o ocorrido e afirmou que o tumulto foi resultado de agressões verbais aos atletas do Barbalha.

- O lance foi polêmico, mas não houve o pênalti. Meus jogadores foram agredidos, humilhados, e essa foi a causa da confusão.
Uniclinic, Barbalha, Confusão, Inaldão, Cearense (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)O goleiro Vitor Lagoa era o mais transtornado em campo. Um dia depois, arbitragem e polícia não comentaram o fato (Foto: Eugênia Else/Rota Esportiva)


Eduardo Alencar é árbitro da Federação Cearense de Futebol (FCF). Quando procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da FCF informou que os árbitros relatam sua versão do ocorrido em súmula divulgada no dia posterior ao jogo. Mas até o fechamento da matéria, às 13 horas desta quinta-feira (9), o documento ainda não tinha sido divulgado.
A Polícia Militar também foi procurada para comentar o tiro disparado por um dos policiais destacados para o jogo com o intuito de dispersar a confusão em campo, mas não quis se pronunciar.

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